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SER,SENTIR & VIVER

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  • Foto do escritorCarolina Tomaz

Mas afinal o que você está fazendo Carol? Que que isso de período sabático?

Pois é, essas tem sidos as primeiras perguntas que escuto quando encontro meus amigos que não me vêem há um tempinho, ou até aqueles que não faz tanto tempo assim que encontrei, mas que ainda “não entenderam qual é a minha”.


Pois então meus queridos, aqui vai um pouquinho do que está rolando comigo e com minha vida nos últimos 6 meses.


Em fevereiro de 2015, quando saí da Secretaria de Educação, eu saí com a intenção de parar tudo que estava fazendo e me dedicar ao meus projetos, as coisas que estavam mais alinhadas comigo, minha forma de pensar, agir, de viver a vida, ou seja, tirar tal famoso período sabático. Mas… as coisas não saíram como planejado, pois voltei ao mercado de trabalho à convite do meu querido chefe da SEEDUC e fui trabalhar no Comitê Olímpico. Fiquei 3 meses. Não gostei, e foi importante para ver que realmente não tinha mais nada a ver com o que eu quero para minha vida. Foi bom para juntar mais uma grana, e por esta certeza que isso não é mais para mim.


Nesse meio tempo, fiz o curso de respiração e meditação na Arte de Viver, onde aprendi ferramentas que ajudaram a controlar minha ansiedade, a necessidade que tinha de controlar tudo, e me ajudam a ficar mais centrada e focada nos meus objetivos, fora outros benefícios que a prática traz. Ali tive um contato mais profundo com meditação, conheci a história da Arte de Viver e do seu fundador, que mais na frente iriam influenciar e me ajudar muito nesse caminho que vou seguindo.


Depois do Comitê fui para a prefeitura do Rio, onde achei que finalmente teria o empregos dos meus sonhos, trabalhar com projetos sociais. Aliás não foi isso que falei que queria fazer? Não era este meu objetivo? Pois então… lá descobri que não. Mais um aprendizado. Em outubro, 3 meses depois, a área de projetos que eu estava foi cortada, e eu estava fora…


(Hoje, eu vejo o quão importante foi passar por essas experiências, por esses lugares, e de fato, nada nesta vida é por acaso e tudo tem sua hora certa de acontecer.)


E assim, em novembro de 2015 eu começava meu tão sonhado período sabático. Nisso, fui para Piracanga, uma ecovila em Itacaré fazer um curso. Piracanga é um lugar muito especial para mim, foi lá que voltei a me reconectar comigo, com minhas ideias, meu propósito, com meu ser, foi ali que tive meu primeiro contato com meditação, uma reconexão com a espiritualidade, e abertura de consciência. É um lugar que tenho uma gratidão enorme, e sempre que posso, volto. E foi por isso que voltei lá, precisava me fortalecer, me reorganizar, parar um pouco para ver o que eu de fato queria, já que aquilo que eu acreditava que era o emprego dos meus sonhos, mostrou que eu não estava sabendo muito bem quais eram meus sonhos.


De Piracanga fui para Belo Horizonte, fazer um outro curso que queria fazer tinha tempo, o Dragon Dreaming, que é uma metodologia de elaboração de projetos colaborativos e sustentáveis. Além de ser uma metodologia muito prática, tem muito de intuição e uma filosofia que é alinhada com tudo que acredito, na abundância, modelo do ganha ganha, colaboração, permacultura, sustentabilidade, espiritualidade… Aliás, preciso fazer um texto sobre espriritualidade também, para vocês entenderem um pouco quando falo sobre isso.


De BH, lá fui eu fazer outro curso, um curso de fortalecimento de habilidades, conexão, e auto conhecimento da Arte de Viver, a organização que falei, e que hoje sou voluntária e me levou para a Índia.


Fim de curso fui para Minas, passar o aniversário de 103 anos da minha vó. Voltei para passar o Natal com meus pais, e logo depois, dia 26/12, estava indo para um retiro de 5 dias de silêncio. E uau! O que foi aquele retiro… Primeiro que eu achei que nunca iria conseguir ficar 4 dias sem falar, segundo que no 1º dia em silêncio eu já queria ir embora correndo daquele lugar, não aguentava mais meditar! Mas no 2º dia a “mágica” acontece, e você descobre que ficar em silêncio, conectado com você é muito revelador, e o mais incrível, você começa a gostar de ficar em silêncio, nessa paz.


E foi ali, no último dia do curso que decidi ir para a Índia, e entregar o apartamento que morava de aluguel. Isso porque, ainda não contei para vocês, eu estava com uma viagem já toda planejada, passagem comprada para o Uruguai, onde eu ia passar um tempo estudando espanhol. Pois é, tudo muda o tempo todo no mundo…


O engraçado que durante este planejamento da viagem ao Uruguai, nem eu estava muito convencida, no fundo eu sabia que não era ali o lugar que deveria ir. É… e não era!


Voltei para o Rio para passar o reveillon com minha família e em janeiro começei o processo de entrega do meu apê. Comecei a achar ele grande de mais para mim, e que ele de certa forma me prendia, tirava minha liberdade. E como queria viajar, e comecei a considerar a hipótese de morar fora do Rio, não fazia sentido continuar apegada a ele (apesar dele ser lindo!).


Em pararelelo fui vendo a viagem da Índia, ia com o pessoal da Arte de Viver, mas a verdade é que não conhecia muita gente ali, então estava indo sozinha para a Índia, um país que escutava um monte de história horrível, principalmente em relação ao trato às mulheres, e que eu nunca tinha pensando em conhecer. Mas a causa era nobre, e eu queria ir… O fundador da Arte de Viver, Sri Sri Ravi Shankar iria comemorar os 35 anos da organização com um evento onde aconteceria a maior meditação pela paz já feita no planeta. Fora que teria a oportunidade de conhecer um ashram, de ver pessoalmente este grande líder humanitário e espiritual, ou seja, ótimos motivos de conhecer a Índia (nessa época eu ainda não sabia que a Índia estaria outras vezes no meu destino). Nesse meio tempo acabei conhecendo e me agregando a um grupo da Arte de Viver que estava indo também, fui voluntária para auxiliar aqueles que estavam com dúvidas e dificuldades sobre a viagem, e tudo se encaminhou perfeitamente bem.


Entreguei meu apartamento em 19 de fevereiro de 2016, e no dia 3 de março estava partindo para a Índia.


A viagem foi linda, um país completamente diferente, uma população sofrida, explorada, mas dócil, sorridente… tem uma certa malandragem de querer tirar vantagem de estrangeiro, mas são tão inocentes que nem isso dura muito. De lá, já que já estava por lá, e não tinha motivos para voltar, fui conhecer a Tailândia e o Camboja. Países incríveis também, com muitas coisas diferentes, outras parecidas… uma experiência extremamente rica.


E final de abril, voltei para o Brasil. E aí começaram as perguntas: “- E aí Carol? O que vc vai fazer agora? Você tá morando onde? O que vc vai fazer da vida? E o dinheiro?”


Esse texto acabou ficando grande, não era a intenção fazer uma retrospectiva dos últimos meses, mas achei legal compartilhar isso com vocês (faltou coisa, mas não dá para colocar tudo!). Então vou fazer um parte II para responder essas perguntas. :)


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